Entrevista com Henrike, vocalista da banda da Porcos Cegos, ex-BLiND PiGS (em meados de 2007)
#O que motivou a banda a dar uma pausa em suas atividades em 2005?
Henrike: Em 2005, problemas pessoais levaram ao fim da banda conhecida desde 1993 como Blind Pigs. Não vou entrar em detalhes pois acredito que a vida pessoal de cada um não diz respeito a ninguém. Mas como estar em cima de um palco, criar músicas e gravar discos está no meu sangue e no do Gordo (amigos de infância), não conseguimos ficar muito tempo longe daquilo que mais amamos, tocar Punk Rock, e resolvemos voltar a incomodar. Mas decidimos voltar com o nome traduzido para nossa língua. Não foi uma “jogada de marketing” como muitos andam dizendo por aí.
#Vocês já devem ter ouvido esta pergunta um milhão de vezes, mas para os menos atentos, o que ocasionou a tradução do nome antigo para "Porcos Cegos”?
Henrike: Eu não aguentava mais as pessoas escrevendo e pronunciando errado o nome Blind Pigs e também acho que chegou a hora de todos nós valorizarmos um pouco mais nossa cultura e nossa língua. Foi uma decisão difícil, nem toda a banda concordou, mas no final a mudança aconteceu. Já tínhamos gravado um disco logo que o Blind Pigs terminou (no meio de 2005) somente com músicas em português, que iria ser lançado com a alcunha Blind Pigs antes do Blind acabar, mas o projeto acabou arquivado. Quando resolvemos voltar, regravamos alguns vocais e remixamos o disco e lançamos ele com o nome já traduzido, assim surgiu o álbum "Heróis ou Rebeldes"(..Na singela opnião do editor,melhor álbum).
#A Porcos Cegos passou por várias baixas, com a saída de alguns integrantes. O quanto isso afetou a banda no geral?
Henrike: Bom, o Mauro, baixista, não gostou muito das direções que banda vinha tomando e resolveu abandonar o barco, no lugar dele colocamos nosso camarada Galindo, da banda punk paulistana, General Bacon. De resto ficou igual: Eu (Henrike) nas vozes, Gordo nas vozes e na guitarra, Fabiano nas guitarras e Buda na bateria. O quanto afetou? Não sei, acho que no palco está mais energético, mas vamos esperar um disco novo para ver como vão ficar as composições novas.
#Qual a sua posição sobre o punk rock no Brasil nos dias de hoje?
Henrike: A mesma de sempre. Independente, marginalizado e ignorado pela grande mídia.
#Quais são suas opiniões sobre screamo e as novos estilos que estão surgindo na cena underground?
Henrike: Bom, não sei te responder, porque não ouço essas coisas. Fico ouvindo apenas os clássicos e algumas bandas que ainda fazem o velho e bom Punk Rock.
#Em um manifesto pessoal, Greg Graffin, vocalista do Bad Religion, afirma que o punk é uma revolução pessoal, resultante de uma profunda meditação sobre o mundo ao nosso redor. Você concorda com isso? O que você diria para as pessoas que acham que punks são somente arruaceiros ou seguidores de moda sem valor algum?
Henrike: Cada um tem sua opinião do que é ser Punk, invente a sua. Mas sim, concordo com o Greg Graffin. Já fui um grande fã do Bad Religion. Os LPs “Suffer”, “No Control” e Against The Grain” são grandes clássicos do Punk Rock californiano, e os caras do Bad Religion NUNCA usaram visual punk, eram punks para eles mesmos. Foda-se o que os outros pensam, seja punk para você mesmo, não para um grupo elitista e uniformizado te aceitar. Não existem regras no Punk Rock. Deixo isso bem claro na letra de Heróis ou Rebeldes: “faço o que quero não te devo explicações...”.
#Quais são as principais influências da banda? O que você têm ouvido ultimamente?
Henrike: Tenho ouvido muito Johnny Cash “Live At San Quentin”, qualquer coisa do The Pogues ou Shane McGowan, Eddie Cochran, Rockabilly dos anos 50, e claro, sempre, a melhor banda que já existiu: The Clash.
#Quais conselhos você daria à uma banda que está começando agora, com todas as dificuldades atuais de se conseguir espaço em um cenário abalado pela moda?
Henrike: Ensaio. Muito ensaio.
Créditos: Punkadaria
##O Blind Pigs está de volta, e para marcar seu retorno a ativa está lançando um compacto em 7″ chamado Tiros No Escuro, em uma edição limitada de 200 peças. Como o disco foi prensado nos EUA a banda lançou uma pré-venda. Clique aqui para comprar o álbum sozinho ou um kit com camiseta e poster aqui.
#O que motivou a banda a dar uma pausa em suas atividades em 2005?
Henrike: Em 2005, problemas pessoais levaram ao fim da banda conhecida desde 1993 como Blind Pigs. Não vou entrar em detalhes pois acredito que a vida pessoal de cada um não diz respeito a ninguém. Mas como estar em cima de um palco, criar músicas e gravar discos está no meu sangue e no do Gordo (amigos de infância), não conseguimos ficar muito tempo longe daquilo que mais amamos, tocar Punk Rock, e resolvemos voltar a incomodar. Mas decidimos voltar com o nome traduzido para nossa língua. Não foi uma “jogada de marketing” como muitos andam dizendo por aí.
#Vocês já devem ter ouvido esta pergunta um milhão de vezes, mas para os menos atentos, o que ocasionou a tradução do nome antigo para "Porcos Cegos”?
Henrike: Eu não aguentava mais as pessoas escrevendo e pronunciando errado o nome Blind Pigs e também acho que chegou a hora de todos nós valorizarmos um pouco mais nossa cultura e nossa língua. Foi uma decisão difícil, nem toda a banda concordou, mas no final a mudança aconteceu. Já tínhamos gravado um disco logo que o Blind Pigs terminou (no meio de 2005) somente com músicas em português, que iria ser lançado com a alcunha Blind Pigs antes do Blind acabar, mas o projeto acabou arquivado. Quando resolvemos voltar, regravamos alguns vocais e remixamos o disco e lançamos ele com o nome já traduzido, assim surgiu o álbum "Heróis ou Rebeldes"(..Na singela opnião do editor,melhor álbum).
#A Porcos Cegos passou por várias baixas, com a saída de alguns integrantes. O quanto isso afetou a banda no geral?
Henrike: Bom, o Mauro, baixista, não gostou muito das direções que banda vinha tomando e resolveu abandonar o barco, no lugar dele colocamos nosso camarada Galindo, da banda punk paulistana, General Bacon. De resto ficou igual: Eu (Henrike) nas vozes, Gordo nas vozes e na guitarra, Fabiano nas guitarras e Buda na bateria. O quanto afetou? Não sei, acho que no palco está mais energético, mas vamos esperar um disco novo para ver como vão ficar as composições novas.
#Qual a sua posição sobre o punk rock no Brasil nos dias de hoje?
Henrike: A mesma de sempre. Independente, marginalizado e ignorado pela grande mídia.
#Quais são suas opiniões sobre screamo e as novos estilos que estão surgindo na cena underground?
Henrike: Bom, não sei te responder, porque não ouço essas coisas. Fico ouvindo apenas os clássicos e algumas bandas que ainda fazem o velho e bom Punk Rock.
#Em um manifesto pessoal, Greg Graffin, vocalista do Bad Religion, afirma que o punk é uma revolução pessoal, resultante de uma profunda meditação sobre o mundo ao nosso redor. Você concorda com isso? O que você diria para as pessoas que acham que punks são somente arruaceiros ou seguidores de moda sem valor algum?
Henrike: Cada um tem sua opinião do que é ser Punk, invente a sua. Mas sim, concordo com o Greg Graffin. Já fui um grande fã do Bad Religion. Os LPs “Suffer”, “No Control” e Against The Grain” são grandes clássicos do Punk Rock californiano, e os caras do Bad Religion NUNCA usaram visual punk, eram punks para eles mesmos. Foda-se o que os outros pensam, seja punk para você mesmo, não para um grupo elitista e uniformizado te aceitar. Não existem regras no Punk Rock. Deixo isso bem claro na letra de Heróis ou Rebeldes: “faço o que quero não te devo explicações...”.
#Quais são as principais influências da banda? O que você têm ouvido ultimamente?
Henrike: Tenho ouvido muito Johnny Cash “Live At San Quentin”, qualquer coisa do The Pogues ou Shane McGowan, Eddie Cochran, Rockabilly dos anos 50, e claro, sempre, a melhor banda que já existiu: The Clash.
#Quais conselhos você daria à uma banda que está começando agora, com todas as dificuldades atuais de se conseguir espaço em um cenário abalado pela moda?
Henrike: Ensaio. Muito ensaio.
Créditos: Punkadaria
##O Blind Pigs está de volta, e para marcar seu retorno a ativa está lançando um compacto em 7″ chamado Tiros No Escuro, em uma edição limitada de 200 peças. Como o disco foi prensado nos EUA a banda lançou uma pré-venda. Clique aqui para comprar o álbum sozinho ou um kit com camiseta e poster aqui.
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