30 de novembro de 2010

Entrevista com o baterista Greg Narvas


Entrevista com o baterista Greg Narvas - Baterista da HEPCAT- sobre sua série em quadrinho: "I Was a Teenage Skinhead Filipino"









Blog: Conte-nos um pouco sobre sua vida.

Greg: Sou filho de imigrantes filipinos que se estabeleceram em Los Angeles.Conheci a cena de ska em Los Angeles nos anos 8o, e rapidamente encontrei vários mods, skins e rude boys que,assim como eu,partilharam a sua paixão pelo ska,reggae, moda e cultura.


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Blog: Quando conheceu o Ska?

Greg:Eu ouvi ska, pela primeira vez quando eu tinha 14 anos (O primeiro álbum do The specials - que tanto assustou e encantou-me) e foi amor à primeira escuta. Eu amei o som, a aparência e a energia da onda 2-Tone e isso mudou minha vida.
Tenho descendência Filipina,mais cresci em Los Angels,por isso fui arrastado pela cena de Ska de Nova Iorque em meados dos anos 80 .Costumava ir as matinês no CBGB's e The Continental que costumavam tocar bandas como : The Toasters, Second Step, The Boilers, Urban Blight e The New York Citizens. Mas logo aprendi que havia ska muito mais a ser feito fora do velho estilo nova iorquino. Foi então que descobri a banda The Untouchables - que incorporava uma versão americana de 2-Tone.-Mais tarde eu descobri que em Los Angeles e Orange County (incluindo Fishbone), existia uma cena ska forte, e havia centenas e centenas garotos elegantes com várias scooters, que viviam e respiravam o estilo de vida mod e 2-Tone, enquanto eu ainda estava lutando para encontrar um chapéu, e uma camisa Fred Perry (risos).


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Blog:Como foi crescer em Los Angeles no início dos anos 80?

Greg: No início dos anos 80 foi um pouco difícil para mim.Tudo começou com a mudança da minha família para Westchester, CA (uma pequena comunidade ao norte de Los Angeles). Eu tinha 9 anos de idade. Westchester era um bairro cheio de grafites, e de alta criminalidade.Eu nem conseguia andar de bicicleta em volta do quarteirão, sem medo de ser roubado.


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Blog: fale um pouco sobre seu trabalho em quadrinhos e quando teve esta idéia:


Greg: Todos os trabalhos contam minha história pessoal através das aventuras bem humoradas.Falam das minhas amizades,festivais de ska, brigas, scooter, e lojas de discos e roupas.
"I Was A Teenage Filipino Skinhead", começa com o momento histórico:A primeira vez que vi um Rude Boy, em 1983. É uma recordação indelével até hoje.No meio de um dia quente de verão, esse cara passear, vestindo um casaco preto, gravata skinny, calças pretas, inadimplentes com o brim de pior tons envolventes que eu já vi. Em seguida, na parte de trás do seu casaco havia escrito SKA .Primeiramente pensei que SKA era uma espécie de sociedade secreta (Risos). De qualquer maneira, eu estava totalmente intrigado com o garoto rude, talvez porque ele representou estar firme ao julgamento da sociedade.
Então, no meu caso, eu realmente me apaixonei com a moda antes da música,eu nem sabia que Ska era música, mas eu sabia que era isso que eu queria ser: um Rudie.

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Blog: Qual foi o seu primeiro álbum ska que você comprou?

Greg: The specials e a trilha sonora do documentário “Dance Craze”.Isso foi uma das melhores decisões que eu já tinha feito na minha vida.

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Blog: fale um pouco sobre o Rude,o skin e o mod,na sua história de vida

Greg:Meu primeiro amor a acima de tudo sempre foi ska, e minha intenção original era ser um Rudie. A cena mod, no entanto, me atraiu mais pelo aspecto da moda, o "Quadrophenia"( filme mod) fez uma opção irresistível para alguém como eu que estava à procura de uma subcultura emocionante. E sabendo que os mods e Rudies compartilhavam o mesmo som,foi para mim,mais fácil também.
No entanto, logo percebi que a cena mod pós anos 60, não foi tão emocionante como o seu ancestral original dos anos 60 Inglês. Além disso, eu não tinha rivais como em Quadrophenia, em vez disso, eu só tinha apenas punks para zombar (por conta banda The Exploited,na música “Fuck a Mod ").É preciso ter em mente que cerca de '86-'87, havia apenas esses dois grupos para definir a divisão: mods e Rudies/Skinheads, estes últimos, reflexo das bandas de Oi! moderno e até mesmo influências punk.
Três fatores foram fundamentais para mim:

1. Audiência Roland Alphonso & The Soul Brothers "Phoenix City”, que eu me apaixonei imediatamente e me fez perceber instantaneamente que a 2-Tone realmente não era o ska original.

2. A descobertta do livro de Nick Knight –Skinhead

3. E a descoberta do álbum Symarip - Skinhead Moonstomp, que finalmente ,me fez perceber que a música jamaicana pertencia a este clã original das três subculturas: skin,Ruddie e Mod.

Todo o resto se encaixou quase naturalmente. A coisa legal sobre skinheads era que não era um completo afastamento da cena mod, uma vez que evoluíram a partir de mods, havia ainda que a estética visual mesmo, exceto para o cabelo e calçado. A partida foi única e verdadeira,(O skinhead reggae). Ao mesmo tempo, por coincidência, a Trojan Records começou a lançar álbum de skinhead reggae e reedições ska, que alimentou o meu amor pelo o gênero.
Quando eu era um mod, e até mesmo um skinhead, ninguém do meu círculo "normal" de amigos realmente se importava, nem mesmo a minha família e parentes, que talvez inicialmente,tivesse se perguntado por que eu não era como todo mundo, mas aceitou o fato.
As cenas de ska de Los Angeles de meados dos anos 80 foram realmente os epicentros de ska americano.
Como eu descrevo em meus quadrinhos, um aspecto marcante da cena, desde que me lembro, foi a consagração real dentro das subculturas. Mods eram realmente mods, Rudies foram Rudies e Skins eram Skins. Não houve "em cima do muro" ou "espécie de" alguma coisa. A pior coisa que poderia ser considerada era o chamado, poseur (alguém que dizia ser algo, mas não obter todos os detalhes direito). Eu acho que a meados da década de 80 foi uma época em que as subculturas realmente saiu de sua maneira de se distinguirem dos "modinhas." Foi a maior sensação de estar em cena, e ser em torno de outros que importava profundamente sobre a moda, música e cultura, como nós fizemos. Embora tenha havido algumas rivalidades e brigas aqui e ali, no geral, foi uma comunidade orgulhosa e forte.
Tivemos a sorte de ter lugares para se reunir e comprar várias roupas legais.A moda era uma parte grande da cena ska aqui em Nova York nos anos 80. Hahah ... como eu disse antes, a imagem era tudo na cena .

25 de novembro de 2010

Comunicado

















Devido o provedor de dowloads (Rapdshare),está apresentando alguns erros,estão sendo atualizados os links que estão associados ao mesmo.Estamos alterando a maioria dos links para outros provedores.Agradeço a atenção desde já.

21 de novembro de 2010

Hangar bar - 20/11/2010




















No ultimo dia 20/11/2010,ocorreu na cidade de Curitiba,mais especificadamente,no Hangar bar,uma gig com participações das bandas: Mão-de-ferro,Tamborellos e Javalis do Pântano.Estavam presentes pessoas de diversas partes do Paraná e do Brasil -RS,SP,SE a exemplo,eu,e por aí vai... Fizemos um aquecimento em um churrasco sem carne(risos),e partimos pelas ruas de Curitiba rumo ao local onde seria realizado a festa.O evento estava previsto para as 21h-Para falar a verdade,nem sei que horas começou,muita cerva,(risos) mais acho que começou na hora prevista.Javalis do Pântano foi a primeira banda a apresentar-se,na seqüência Mão-de-ferro,como sempre agitando o público,e por fim a Tamborellos.Fato é que foi um evento legal,curti demais,e acho que todos que compareceram também.Conheci gente nova e revir camaradas de longas datas.Abaixo algumas fotos do evento.











































15 de novembro de 2010

Crux


No início,quando conheci a musica Oi! pela primeira vez,tive o privilégio de poucos de ter logo contato de cara com bandas como a Crux (Banda excepcional,e muito pouco conhecida,mesmo pelos apreciadores da Oi! Music).

Formada em 1978 pelos irmãos Andy e Mick, a até então banda Crux Nuneaton,fez sua estréia no vinil "Fit For Heroes",uma jóia dos princípios Bootboy, que foi gravado em cima de um terraço. Em seguida, lançou um split, com quatro faixas. A primeira apresentação pública veio no fim de 81(no Reherasal).Mais tarde, apareceu no" Oi! Oi! Thats Yer Lot ", antes da divisão da banda em 1984
No álbum "Keep On Running",um Ep gravado em 81 estão as músicas mais conhecidas da banda – apesar de pouco material disponível.



Termino com uma frase do Andy McGrath( um dos fundadores da banda).

"Nós não somos uma banda política.Quando começamos a gente costumava fazer canções atacando Thatcher .Mas realmente não sei muito sobre política. Nós não gostamos deste governo em tudo, mas tentamos manter longe desse lado da vida. Há muitas bandas que escrevem sobre a mesma coisa de qualquer maneira, e isso começa a ficar chato, mas somos contra qualquer coisa que faz os ricos mais ricos e os pobres mais pobres.Nós somos pro-povo e a favor de nosso País,sem arvorar a bandeira,sem vínculo com fascismo e estar o mais próximo do verdadeiro espírito Oi! original "

Abaixo,vários materiais muito difíceis de achar,por sinal,de gravações ao vivo da banda.Um Ep e um single.Até a próxima!









The Oi! Collection







CRUX-LIVE 1982









CRUX-PRACTICE 1982








CRUX-(KEEP ON RUNNING) REHEARSAL 1981



12 de novembro de 2010

Derrick Morgan - I Am The Ruler















Derrick Morgan iniciou suas atividades na década de sessenta como um dos luminares do Ska.Derrick foi tão popular que em 1961 que dominou os sete primeiros lugares nas paradas de música popular na Jamaica, um recorde que ainda permanece intacto. Durante um ano permaneceu em primeiro lugar a canção "'Choice Housewives", e foi esta música que despertou a rivalidade entre Morgan e lendário cantor / produtor Prince Buster (Morgan foi acusado de roubar música de Buster). Os artistas trocaram insultos em várias canções, principalmente nas de Morgan,a exemplo a "Blazing Fire"

O sucessos de Morgan foi conseguido sobretudo com a ajuda do lendário Leslie Kong, incluindo "The Hop "e "Forward March "escrito para a independência da Jamaica, em 1962.

Todas as faixas foram gravadas desde o final dos anos 60 e início de 70.


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7 de novembro de 2010

A Origem da Classe Trabalhadora Aracajuana















Acima,vista aérea da Fábrica Confiança e a Vila Operária.

Desta vez,mudei um pouco a temática das demais postagens do blog,na verdade nem tanto.Um pouco de identidade nunca faz mal.É como diz Raymond Aron: "O tesouro de um homem é o seu passado".Vamos ao texto:


Nos primeiros anos da Cidade de Aracaju, a localidade onde se encontra o atual Bairro Industrial era chamada de Maçaranduba. Com o tempo passou a chamar-se Chica Chaves, que era uma senhora muito relacionada na sociedade aracajuana, proprietária e residente num sítio na parte norte da cidade, que era bastante freqüentado por pessoas de destaque. Com a chegada das Fábricas de Tecido, Sergipe Industrial em 1884 e Confiança em 1907(Por sinal,nome dos dois principais times de futebol do Estado- Sergipe e Confiança,sem desmerecer os demais), assim,tornou-se conhecido como Bairro Industrial. Ficou conhecido também como O Tecido. Em 20.12.1913, no governo do General Siqueira de Menezes, o nome foi mudado para Bairro Siqueira de Menezes. O nome não vingou e a população voltou a chamar de Bairro Industrial.

A Fábrica Sergipe Industrial foi criada em 15 de fevereiro de 1882 por João Rodrigues. Com sua morte passou a ser administrada em 1884 por Thomaz Cruz(Família Cruz), José Augusto Ferraz e seu filho Thales Ferraz, Engenheiro Têxtil formado em Manchester, Inglaterra. Thalez Ferraz criou e manteve uma grande área de lazer para os operários e sua famílias, denominado Parque Sergipe Industrial, o qual possuía cinema e teatro, além de palco para apresentações musicais.



A Fábrica Confiança, fundada em 18 de outubro de 1907 pelo Coronel Sabino José Ribeiro, foi a segunda do Setor Têxtil em Aracaju. Sob o nome de Ribeiro Chaves & Cia., a Fábrica possibilitou a concessão de benefícios sociais aos operários e familiares como: casas (Vila Operária), assistência médica(Policlínica Operária Sabino Ribeiro), creches e uma Associação Desportiva.





Posteriormente foi fundado o "Centro Operário Sergipano", em 1911, é a mais antiga agremiação proletária do Estado, e foi a que primeiro arregimentou a classe trabalhadora, no sentido de, unida ás outras sociedades operárias do país, lutar pela conquista de melhorias econômicas e direitos trabalhistas.
Até então,o proletariado sergipano que há anos se conservava indiferente ás questões sociais, não cogitava de unir-se para protestar pelo cumprimento dos seus direitos postergados.
O sindicalismo veio despertá-lo, e logo, os trabalhadores de Sergipe, atenderam ao apelo dos camaradas das grandes capitais do país, e, num gesto altivo e louvável, organizaram-se em Sindicatos de classe, fundaram a Federação Sergipana do Trabalho, o Partido Político Aliança Proletária, afim de se fazer representar nas Assembléias Legislativas, e, por ultimo, foi fundada uma Frente Única Sergipana que tem como principal objetivo estabelecer a unificação das classes produtoras deste Estado, para dar combate ao Autoritarismo, ao imperialismo e a guerra, o operariado sergipano uniu-se desta maneira ao (NEP) novo exercito proletário do Brasil.
No dia 1º de Maio de 1886,os operários desta capital não ficaram placidamente em suas casas. Organizaram uma grande passeata, pelas ruas da cidade, e fizeram comícios nas praças públicas, em sinal de protesto contra as injustiças dos “Yankees”.Nesse dia, cansados de sofrer, levaram a efeito o seu primeiro protesto de povo oprimido. “Foi um dia de protesto, e não de festa, o ultimo 1º de Maio, contra os tiranos que supliciaram os valentes operários de Chicago, e contra os que depois, agora e sempre, continuam a massacrar os que se batem pela conquista de nossas urgentes necessidades e de nossas inadiáveis garantias sociais e econômicas..."

Parte do texto tirado da Revista da Associação Sergipana de Imprensa nº 1 - 1949.

Hino da Associação desportiva Confiança(ADC)

Quem é o campeão dos campeões,
que no gramado mantém sua glória,
é a Desportiva Confiança,
dos operários tem o nome a vitória,
sua bandeira de cor alvi-anil,
sou Confiança em todo Brasil,
Tua luta continuará,
outras taças,
Iremos conquistar,
essa é a realidade,
quem foi rei sempre é majestade.





Live & Loud

















Neste ultimo sábado (06/11/2010),aconteceu um dos maiores festivais da Oi! Music - o Live & Loud.Organizado pela "Red Devil" ocorreu na Bélgica,e contou com as participações de bandas como: Endstufe,Skinfull,Headcase,Tattooed Mother Fuckers,entre outras.Além de gente de todas as partes do mundo.


Ao mestre com carinho - Filme aju '60





















Cartaz de estréia nos anos 60 em Aracaju

"Ao Mestre com Carinho" é baseado no livro homônimo de E. R. Braithwaite.É um drama vivido por um professor (Mark Thackeray ), na verdade um engenheiro ,que ao estar desempregado decide aceitar uma proposta para lecionar em uma escola de um bairro Londrino, no bairro operário do East End.
Quando, tomado de coragem, decide enfrentar uma classe indisciplinada de alunos adolescentes, disposto a transformá-los em futuros homens e mulheres de bem.
Escrito, dirigido e produzido pelo cineasta James Clavell, o filme traz reflexões sobre alguns problemas sociais, raciais e outros próprios da fase insegura e por vezes angustiosa da adolescência, bem como, apresenta várias mensagens positivas em relação a tudo isso.

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6 de novembro de 2010

Laboratório SP - Sob o céu de São Paulo (2004) + Bonus



















Banda paulista com forte influências do Mod revival,tendo uma linha musical parecida com a das bandas:The Jam,Secret Affair,The Small Faces,The Action,The chord e por aí vai.Este álbum foi gravado em 2004,sonoramente é muito bom,com arranjos muito criativos,e temas que falam sobre a vida em sua cidade natal,no caso São Paulo,relacionamentos e temas comuns a vida de todos nós.Eu particularmente curti bastante a música "Mundo Moderno".Abaixo,segue myspace da banda para maiores informações.

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www.myspace.com/laboratoriosp